Os ímpios serão condenados à morte eterna

Para muitos, parece contraditório como Deus, sendo justo, é capaz de condenar os ímpios — indivíduo que despreza a fé.

Por mais paradoxal que soe, a verdade clara, revelada pelas escrituras, é de que, por causa da justiça divina, existe a condenação dos ímpios. Os ímpios serão condenados à morte eterna porque Deus é o justo juiz.

Entendendo a justiça de Deus

O conceito de justiça é muito claro na Bíblia, tanto no Antigo, como no Novo Testamento. O conceito de justiça fornecido na Bíblia diz mais respeito a si mesmo do que para com o ser humano. Deus é justo porque é, não porque deve algo para o homem, principalmente para os ímpios (Dt 32:4).

Após ler essa mensagem, aproveite para ler também:

O que Deus faz, ninguém pode desfazer
O Filho de Deus está sempre vivo
Como o Filho do Deus vivo nos ajuda diariamente

ímpios

Deus é reto, como um juiz em um tribunal, e condenará os ímpios que não se arrependerem de seus pecados

Em Romanos 9, por exemplo, Paulo faz uma pergunta retórica e a responde logo em seguida: “Que diremos pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.” (Rm 9:14).

Inclusive utilizou o exemplo de faraó — que pode-se dizer fazer parte dos ímpios — para mostrar que tudo o que Ele faz é para sua própria glória.

Em decorrência da queda e do pecado original, só conseguimos enxergar superficialmente os atributos do Todo-Poderoso.

Por mais que Ele seja também misericordioso e bondoso, também é justo e merecedor de glória. É exatamente o ponto que os ímpios não compreendem.

O caráter de Deus tornam os ímpios condenáveis

A Bíblia é clara em muitas passagens no que diz respeito à queda do homem no Éden (Rm: 5:12). Naquele momento todas as pessoas tornaram-se pecadoras.

Não fosse pelo pecado original, não existiriam ímpios, mas por causa dele o mal entrou na linhagem humana.

No seu estado natural, não é regenerado. É corrompido pelo pecado e, mesmo sem fazer “nada”, já ofende diretamente a Deus.

Pecando contra um Deus eterno, o que os ímpios mereciam era uma condenação eterna.

O rico, na história bíblica do “homem rico e o mendigo Lázaro”, tinha claramente em sua consciência os erros que cometeu durante sua vida.

A história não nos mostra ele reclamando e protestando contra sua condenação porque aquela condenação, como todo bom julgamento, era justa.

Os ímpios serão condenados à morte eterna porque Deus é o justo juiz. Os seus atributos em si apontam a necessidade de uma condenação.

Existe oportunidade de salvação para os ímpios?

Por mais que ao decorrer do texto apontamos que Deus age com justiça ao condenar os ímpios, fora dada, na Cruz, uma oportunidade de salvação (Jo 3:16).

Deus amou o mundo tanto que enviou o seu filho único para morrer e salvar os ímpios.

Ele foi tão justo que entregou Jesus para salvar o seu povo dos pecados (Mt 1:21). Os ímpios, os incrédulos, os pecadores têm uma oportunidade de se redimirem e não sofrerem a condenação.

Ao pecar no Éden, todos se tornaram ímpios e estavam condenados diante da justiça de Deus, mas pelo maior ato de misericórdia da história dos tempos, Jesus, o Cordeiro sem pecados, morre em prol da salvação dos seres humanos.

Ele poderia ter escolhido não o fazer? Claro que sim! E continuaria sendo justo.

Enquanto a lei matava — Paulo chama a lei de “letra” — o tempo da graça veio após a morte de Cristo, tendo como simbologia o véu do templo que se rasgou.

Todos os ritos que aconteciam no período veterotestamentário — que faz alusão ao antigo testamento — apontavam para o que haveria de vir. Os sacrifícios não aconteceram por acaso, mas porque apontavam para Jesus.

O que é necessário, mas infelizmente muitos não o fazem, é recebê-lo (Ap 3:20).

Ao tentar se esconder do Criador — como fizeram Adão e Eva — os ímpios perecem. Mas ao se entregarem e se arrependerem, o justo juiz agirá com misericórdia e retidão para salvá-los do pecado.

Assim, os ímpios serão condenados à morte eterna porque Deus é o justo juiz, mas o justo juiz salvará aqueles que se arrependerem.