Atos 27:4 -43 (NTLH)
- 4 - Depois de sairmos de Sidom, navegamos ao norte da ilha de Chipre a fim de evitar os ventos que estavam soprando contra nós.
- 5 - Atravessamos o mar em frente ao litoral da região da Cilícia e província da Panfília e chegamos a Mirra, uma cidade da província da Lícia.
- 6 - Ali o oficial romano encontrou um navio da cidade de Alexandria, que ia para a Itália, e nos fez embarcar nele.
- 7 - Navegamos bem devagar vários dias e com grande dificuldade chegamos em frente da cidade de Cnido. Como o vento não nos deixava continuar naquela direção, passamos pelo cabo Salmona da ilha de Creta e seguimos pelo lado sul daquela ilha, o qual é protegido dos ventos.
- 8 - Assim fomos navegando bem perto do litoral e, ainda com dificuldade, chegamos a um lugar chamado “Bons Portos”, perto da cidade de Laseia.
- 9 - Ficamos ali muito tempo, e tornou-se perigoso continuar a viagem porque o inverno estava chegando . Então Paulo avisou:
- 10 - — Homens, estou vendo que daqui para diante a nossa viagem será perigosa. Haverá grandes prejuízos não somente com o navio e com a sua carga, mas também haverá perda de vidas.
- 11 - Mas o oficial romano tinha mais confiança no capitão e no dono do navio do que em Paulo.
- 12 - O porto não era bom para passar o inverno. Por isso a maioria achava que devíamos sair dali e tentar chegar a Fênix. Essa cidade é um porto de Creta que tem um lado para o sudoeste e o outro para o noroeste. E eles achavam que poderíamos passar o inverno ali.
- 13 - Começou a soprar do sul um vento fraco, e por isso eles pensaram que podiam fazer o que tinham planejado. Levantamos âncora e fomos navegando o mais perto possível do litoral de Creta.
- 14 - Mas, de repente, um vento muito forte, chamado “Nordeste”, veio da ilha
- 15 - e arrastou o navio de tal maneira, que não pudemos fazer com que ele seguisse na direção certa. Por isso desistimos e deixamos que o vento nos levasse.
- 16 - Para escaparmos do vento, passamos ao sul de uma pequena ilha chamada Cauda. Ali, com muita dificuldade, conseguimos recolher o bote do navio.
- 17 - Os marinheiros levantaram o bote para dentro do navio e amarraram o casco do navio com cordas grossas. Estavam com medo de que o navio fosse arrastado para os bancos de areia que ficam perto do litoral da Líbia. Então desceram as velas e deixaram que o navio fosse levado pelo vento.
- 18 - E a terrível tempestade continuou. No dia seguinte começaram a jogar a carga no mar.
- 19 - E, no outro dia, os marinheiros, com as próprias mãos, jogaram no mar uma parte do equipamento do navio.
- 20 - Durante muitos dias não pudemos ver o sol nem as estrelas, e o vento continuava soprando forte. Finalmente perdemos toda a esperança de nos salvarmos.
- 21 - Fazia muito tempo que eles não comiam nada. Então Paulo ficou de pé no meio deles e disse: — Homens, vocês deviam ter dado atenção ao que eu disse e ter ficado em Creta; e assim não teríamos tido toda esta perda e este prejuízo.
- 22 - Mas agora peço que tenham coragem. Ninguém vai morrer; vamos perder somente o navio.
- 23 - Digo isso porque, na noite passada, um anjo do Deus a quem pertenço e sirvo apareceu a mim
- 24 - e disse: “Paulo, não tenha medo! Você precisa ir até a presença do Imperador. E Deus, na sua bondade, já lhe deu a vida de todos os que estão viajando com você.”
- 25 - Por isso, homens, tenham coragem! Eu confio em Deus e estou certo de que ele vai fazer o que me disse.
- 26 - Porém vamos ser arrastados para alguma ilha.
- 27 - Duas semanas depois, à noite, continuávamos sendo levados pela tempestade no mar Mediterrâneo. Mais ou menos à meia-noite, os marinheiros começaram a sentir que estávamos chegando perto de terra.
- 28 - Então jogaram no mar uma corda com um peso na ponta e viram que a água ali tinha trinta e seis metros de fundura. Mais adiante tornaram a medir, e deu vinte e sete metros.
- 29 - Eles ficaram com muito medo de que o navio fosse bater contra as rochas. Por isso jogaram quatro âncoras da parte de trás do navio e oraram para que amanhecesse logo.
- 30 - Aí os marinheiros tentaram escapar do navio. Baixaram o bote no mar, fingindo que iam jogar âncoras da parte da frente do navio.
- 31 - Então Paulo disse ao oficial romano e aos soldados: — Se os marinheiros não ficarem no navio, vocês não poderão se salvar.
- 32 - Aí os soldados cortaram as cordas que prendiam o bote e o largaram no mar.
- 33 - De madrugada Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa e disse: — Já faz catorze dias que vocês estão esperando e durante este tempo não comeram nada.
- 34 - Agora comam alguma coisa, por favor. Vocês precisam se alimentar para poder continuar vivendo. Pois ninguém vai perder nem mesmo um fio de cabelo.
- 35 - Em seguida Paulo pegou pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer.
- 36 - Então eles ficaram com mais coragem e também comeram.
- 37 - No navio éramos ao todo duzentas e setenta e seis pessoas.
- 38 - Depois que todos comeram, jogaram o trigo no mar para que o navio ficasse mais leve.
- 39 - Quando amanheceu, os marinheiros não reconheceram a terra, mas viram uma baía onde havia uma praia. Então resolveram fazer o possível para encalhar o navio lá.
- 40 - Eles cortaram as cordas das âncoras, e as largaram no mar, e desamarraram os lemes. Em seguida suspenderam a vela do lado dianteiro, para que pudessem seguir na direção da praia.
- 41 - Mas o navio bateu num banco de areia e ficou encalhado. A parte da frente ficou presa, e a de trás começou a ser arrebentada pela força das ondas.
- 42 - Os soldados combinaram matar todos os prisioneiros, para que nenhum pudesse chegar até a praia e fugir.
- 43 - Mas o oficial romano queria salvar Paulo e não deixou que fizessem isso. Pelo contrário, mandou que todos os que soubessem nadar fossem os primeiros a se jogar na água e a nadar até a praia.
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Este versículo s de Atos 27:4-43 da Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) está disponível para leitura online gratuita.
Sobre Atos
Atos é um livro da Bíblia que faz parte do Novo Testamento. Este livro contém 28 capítulos e é essencial para o entendimento das Sagradas Escrituras.